quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Eletricidade Estática


O que ela é? Ela é perigosa ou inofensiva? Como ela é gerada? É isso que veremos neste post, sobre esse fenômeno que está mais presente no dia-a-dia do que você possa imaginar.

A eletricidade estática acontece por um desequilíbrio elétrico dos átomos. Esse desequilíbrio se dá quando os átomos ganham ou perdem elétrons, ou seja, adquirem carga elétrica. Mas o que isso significa?

Percebemos no cotidiano que os objetos não apresentam características elétricas. Sua cama, por exemplo, não dá choque e seu pente não atrai objetos (ainda!). Essa ausência de efeitos se dá pelo fato dos corpos serem neutros, pois, nos seus átomos, as cargas elétricas positivas (prótons) se equilibram com as cargas elétricas negativas (elétrons). Mas há procedimentos que removem ou adicionam elétrons, o que causa um desequilíbrio de cargas. Mas quais são esses procedimentos?

O primeiro (e mais conhecido) é o atrito. Muitos já fizeram a experiência de pentear os cabelos (com pentes plásticos), e depois, atrair pequeno pedaços de papel (para quem não fez eu recomendo!). Isso porque, ao atritar o pente este se carrega e passa a apresentar características elétricas, como a força de atração que "puxa" os papéizinhos.
Outro método é o contato. Quando um corpo carregado, por exemplo, com cargas positivas, toca outro corpo, inicialmente neutro, este também se carrega positivamente. Isso acontece porque um pouco da carga positiva do primeiro corpo "escoa" para o corpo neutro, e assim, ambos ficam carregados positivamente (ou negativamente, caso o primeiro corpo estivesse carregado assim).
O terceiro modo é a eletrização por indução. A indução consiste em pegar um corpo inicialmente carregado (indutor) e outro inicialmente neutro (que será o induzido), isolado e que esteja ligado ao terra. Ao aproximar o corpo carregado (indutor) do corpo neutro serão atraídas cargas de sinal oposto (que virão da ligação com o terra). Se nesse ponto cortarmos a ligação com o terra, o segundo corpo (inicialmente neutro) manterá essa carga adquirida, que terá sinal contrário ao indutor. No caso do indutor estar negativamente carregado, serão induzidas cargas positivas, e vice-versa. Esse é outro modo de fazer a eletrização.


Então vemos que na eletrização por atrito aparecem cargas de sinais contrários, no contato aparecem cargas de mesmo sinal e na indução, novamente, aparecem cargas de sinal contrário.

Mas ela é inofensiva? Na maioria dos casos sim, causando, no máximo, choques leves, mas ela pode ser perigosa. Vou contar agora um caso verídico e, inclusive, há um vídeo no youtube desse acidente. Uma mulher nos EUA foi abastecer seu carro, e lá, como sabemos, é o próprio proprietário do carro que realiza a operação. A mulher saiu do carro, colocou a mangueira da gasolina no carro para abastecer e, em seguida, entrou no carro para pegar ou ver alguma coisa. Ao entrar e sair do carro houve atrito entre as costas da mulher e o banco do carro, o que gerou uma carga elétrica. Ao tocar a mangueira da gasolina, a descarga da eletricidade estática gerou uma faísca que foi o suficiente para incendiar o vapor de gasolina presente perto da mangueira.

Já na eletrônica, como a estática pode prejudicar componentes, há o uso de pulseiras anti-estática. Ela vai no seu pulso ligando você ao terra. Logo, qualquer carga acumulada em você, que poderia ser nociva aos componentes, escoará pelo terra, protegendo assim o circuito da estática.


E éra isso por hoje galera. Semana que vem tem mais um post interessante. E lembrem-se! Apesar das baixas correntes, a eletricidade estática, mesmo pelo simples atrito, pode gerar alguns kV. Por isso, cuidado nunca é demais.

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